Além dos cinco presos, um acusado morreu em troca de tiros. Polícia vai intensificar abordagens em coletivos
Cinco pessoas foram presas em flagrante desde sexta, 14, até a noite de ontem, acusadas do envolvimento com os ataques a ônibus na Capital. Um homem morreu em troca de tiros com a PM, durante a manhã de ontem, no Barroso. Ele foi identificado como Vanderson Barroso de Araújo, 24. “Houve identificação (dos acusados) do caso da BR-116 (em Messejana) e passamos a diligenciar para prendê-los. No confronto, um deles tombou sem vida e outro foi preso”, detalha o comandante geral da PM, coronel Lauro Prado. Um dos presos ontem foi identificado como Assis Nunes da Silva, 48.
Na madrugada da última segunda, 17, já haviam sido presos Carlos Darlly Oliveira da Silva, 29, e Francisco Yuri Teixeira Pinto, 18. Quando foi preso, segundo a Polícia, Carlos se identificou como Sergiano Gomes Maia, 24. O delegado geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, informou que quatro dos cinco presos têm passagens pela Polícia. “São pessoas ligadas a crimes de roubo e tráfico”. Os outros dois capturados ontem não tiveram identidade informada.
Estratégia
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) criou estratégia para conter os ataques a ônibus em Fortaleza. A ideia é aliar trabalho de inteligência policial a abordagens intensivas nos coletivos. O trabalho integra, desde ontem, a operação Coletivo Seguro. A prioridade do reforço é contemplar 40 linhas de ônibus e 15 de vans consideradas mais vulneráveis em Fortaleza, além de 30 vias percorridas por linhas de ônibus mais assaltadas.
A estratégia da operação prevê ações que abrangem abordagens a revistas de passageiros, além de um trabalho de inteligência com policiais dentro dos veículos. O trabalho da comunidade também é evidenciado, por meio de denúncias. Conforme o delegado Fernando Menezes, titular da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol), já vinha sendo realizada há dois meses uma parceria com sindicatos de empresas de transportes com troca de informações. “A partir do confronto aos dados da secretaria, obtivemos alguns resultados das linhas que incidiam maior quantidade de crimes em coletivos”, explica.
O número de policiais que serão empregados na operação ainda não foi divulgado. “O comandante de cada área vai informar a necessidade de ampliar o número do efetivo na área de atuação. Essa primeira semana será de experiências e adaptações”. O delegado comentou que a operação não vai garantir que mais ônibus sejam queimados. “É uma resposta rápida e efetiva aos atentados. O que nós estamos proporcionando a partir de hoje é uma maior efetividade na polícia preventiva”, completa Fernando.
Saiba mais
Estratégias da Polícia
Inteligência: agentes deverão se infiltrar dentro de ônibus e vans, ou apenas com aproximação do veículo. Policiais poderão estar à paisana.
Abordagens: ação prevê revistas pessoais em passageiros dentro dos coletivos, em qualquer horário do dia.
Efetivo: o número de policiais empregados na operação ainda não foi divulgado. O efetivo será distribuído de acordo com a demanda de ocorrências.
Denúncias: a população pode repassar informações sobre pessoas suspeitas de participarem das ações. Para denunciar, a Polícia disponibiliza o Tele Denúncia (181). A identidade será mantida sob sigilo.
Fonte: O Povo
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