Os foliões que vão curtir o carnaval podem preparar os bolsos. Isso porque, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) os produtos típicos de carnaval tiveram uma alta significativa no valor dos tributos, podendo chegar a 76%, em alguns índices. As bebidas continuam impulsionando os índices de tributos arrecadados pelo Governo.
A caipirinha (bebida produzida a base de cachaça e limão), por exemplo, tem 76,66% do seu valor final somente em tributo. Isso quer dizer que uma bebida dessas que custa em média R$ 4, poderia custar apenas R$ 1 caso não tivesse tributos. A incidência de tributos continua em outros tipos de bebidas, como a cerveja (lata), cerveja em garrafa e o chopp, que acumulam carga tributária de 55,60%, 55,60% e 62,20%, respectivamente.
Mas nem mesmo quem não é adepto à bebida alcoolica e vai passar o carnaval na água mineral e na água de coco, não escaparam das altas taxas tributárias. Do valor da água de coco 34,13% é apenas tributos, enquanto da água mineral o valor tributário é de 44,55%.
A alta carga tributária incidente sobre os produtos pode pesar no bolso do brasileiro que pretende pular o Carnaval deste ano, fantasiado. São altos os tributos embutidos no preço da fantasia de arame (33,91%) ou de tecido (36,41%), além da máscara de plástico (43,93%) ou confeccionada com lantejoulas (42,71%). Para quem quer incrementar a brincadeira, o custo final poderá pesar ainda mais, já que outros acessórios indispensáveis à festa também estão no levantamento feito pelo IBPT como produtos com elevada taxa tributária.
O colar havaiano, por exemplo, tem carga tributária de 45,96%; o spray de espuma, 45,94%, o apito, 34,48% e o confete, 43,83%. Para a economista Enoísa Veras, a maior parte dos produtos do carnaval são importados e, por isso, as elevadas cargas tributárias. “Os tributos mais altos são computados nos produtos importados”, comentou.
Apesar disso, ela orienta que os foliões podem adotar algumas medidas para driblar o pagamento desses tributos, como evitar gastos. “Basta dar asas a criatividade. Buscar coisas que já possuem em casa para incrementar a fantasia. Dessa forma, não se alimenta essa carga tributária elevada. Além dos altos valores dos tributos, essas mercadorias costumam aumentar nesse período, devido a intensa procura”, destacou.
Repórter: Mayara Martins - Jornal O Dia
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